sexta-feira, novembro 30

"Meu Brasil brasileiro, meu mulato estrangeiro (...)"

Conexão política

A cada dia que passa cresce a minha frente, como um câncer, diversas anomalias que não permito passar sem fazer minhas ressalvas. Se você esta confuso, sugiro pensar nisso como a relação de pai e filho, onde o pai briga com o filho na tentativa de "consertar" os passos errados do filho pródigo. E como ser humano que sou, de certa forma pai, sinto-me na obrigação de contribuir ou ajudar a bagunçar ainda mais com o que ainda posso ter: opinião. 

Antes de sentar pra escrever esse texto fiquei pensando nas ultimas coisas que foram noticia: mensalão, crise econômica, violência, desastres ambientais, morte de Elisa Samudio, fim do mundo em 2012 e etc. Não foi difícil concluir que apesar de não ser possível prever o futuro, a coisa não esta fácil pra ninguém. E não é preciso esperar por coisas boas, porque não chegarão. Pelo menos é o que posso deduzir quando leio as noticias. 

E como não falar do Mensalão no Brasil?! Um dos grandes casos de corrupção foi julgado pela primeira vez. E pra se ter uma ideia, nenhuma lei nacional especifica regula o que se chama de "crimes do colarinho branco". Existem sim vários marcos legais que determinam o cuidado com a coisa pública, ou seja, o zelo com o que é de todos, em palavras mais técnicas, a tal probidade administrativa. Mas na ausência de seu cumprimento e de quem o possa exigir, tudo o que se tem de lei contra a corrupção passou e tem passado como se não existisse. Caso contrário não haveria corrupção no Brasil. 

Ao final de tudo o que foi e é esse julgamento, ainda não sei dizer o que vai ficar como resultado dessa história toda. Não sei se teremos uma nova lei pra resolver o problema, se alguém aprendeu que corrupção não é uma coisa boa ou se o povo brasileiro realmente assimilou o que se passou por terras tupiniquins. Fica difícil saber a repercussão desse tipo de coisa quando a impressão de quem vive por aqui é a de sempre estar sempre roubado, seja pelas empresas, pelo governo ou pelos ladrões nossos de cada dia, é como se isso não mudasse muita coisa. 

Falando em roubo, tenho pensado no quão difícil tem sido estar vivo em solo brasileiro. O tal Estado, teoricamente responsável por garantir segurança, saúde e educação (Teoria do Estado Minimo, resultados do Neoliberalismo), não me oferece nada disso. Se quero segurança preciso instalar cerca elétrica, se procuro por saúde de qualidade, irei eu para o plano de saúde (Pago), e por fim, se existe vaga em uma instituição publica de ensino, quando há, é mega concorrida para depois entrar de greve duas vezes ao ano.

Falam em crise economia, vejo mais uma crise civilizatória. O ser humano foi deixado de lado, hoje temos estruturas burocraticas que nos impedem de fazer até o que é certo. Enquanto que de outro lado temos a mais pura balburdia política e institucional protegidos pela ignorância alheia e pelas brechas que encontram.Muitas brechas preparadas pelos próprios politicos.

O Brasil pode chegar a ser o país de primeiro mundo que alguns autores e intelectuais pensaram um dia. Realmente temos tudo o que é necessário para produzir um novo modelo de sociedade, de bem-estar, mas falta o mais importante: reflexão politica, amadurecimento da população e do poder politico através da população. Deve haver uma relação forte o suficiente entre o poder politico e a população, essencialmente os dois devem sempre andar paralelos, sempre acompanhando as mudanças.

Pensar nisso e acreditar no que pode resultar desse tipo de relação sócio-politica parece conseguir dar a oportunidade de escolha a quem vive em sociedade. Escolher o que irá acontecer com o país no qual no qual se vivi. Esse parece ser o mais adequado. A opção de liberdade. De construir algo que realmente contemple a sociedade.
     


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